Com um delay de meses faço minha primeira postagem nesse blog.
Simplesmente, antes, faltava tempo, paciência e principalmente alguma coisa boa, para mostrar para vocês que eu não sou analfabeto.
Enfim, tempo eu consegui: Vacaciones!
Paciência eu consegui.
O negócio é a coisa boa para postar. Não tem não. Pra falar a verdade, coisa boa tá em falta no mercado. Em todas as áreas que se pode imaginar.
Livros que não dizem nada, filmes que não mostram nada e músicas que não passam nada.
Um show dadaísta. Mas sem arte. Tá mais pra escatologia.
Eu acho estranho ver um filme no qual os efeitos especiais se sobrepujam à história em si, à fotografia, aos atores ou à direção.
O fato é que tudo é comércio hoje. TUDO.
Nos prostituímos por pouco. Deixamos em segundo plano coisas mais importantes.
Dane-se, isso não está em discussão agora.
Vamos ao texto.
Bem, pra falar a verdade eu vou escolher o texto agora.
pronto, decidi.
Tá uma merda, mas é meu e quer dizer alguma coisa. O que já me faz melhor do que metade das pessoas por aí.
há muitas músicas com nomes de mulheres. Não que os nomes signifiquem alguma coisa.
Tem Ana Júlia, Luiza, Marina, Beatriz, Carla...
O nome do meu poema é Júlia
Eu nunca me apaixonei por nenhuma Júlia (e isso soa como Lígia)
mas tá... agora vai.
Se gostarem, comentem
se não gostarem, não comentem.
Só gosto de elogios.
mentira.
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Júlia
És o despertar de um sono que reúne a boca ao beijo
O suor que escorre e decorre
Da nuca, nas costas, da face, no peito
E o som que sai da minha boca
Que toca como corda
E cai como pedra
Dentro de você
És o desfrutar do fruto proibido ao desejo
E ao toque dos lábios, ao toque dos dedos
Na harpa sem mácula, dos olhos sem mácula
Que tragam meus músculos
E roem minha pele
E me lançam no abismo
Sem roupa, sem tudo
És um rio caudaloso que se entorna
Por sobre meu colo
Vem lento e turvo
E deságua sem medo, calmo
E tormentoso
Pudica e indecorosa
És bem um busto ou própria deusa
Os seios cobertos,
Mas a espádua nua
Os olhos fixos
E tão expressivos
E ilustres e lustrosos.
És de curvas que incitam
E beleza que insinua
Senhora de um corpo que não é seu
E de uma alma que não é sua
Senhora de um coração que não é seu
És tu, tão segura e insipiente
Tão desatenta e observadora
Que em um olhar simplesmente
Fez-me quedar no tempo de repente
Para me matar
De uma morte desalentadora,
Júlia
domingo, 13 de julho de 2008
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Um comentário:
Muito bonito mesmo João. Parabéns!!! Lindo!
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