quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Passa o mundo

Sobre o tempo e a indecisão... talvez seja muito subjetiva...



Passa o mundo

Passa o mundo, passa
O tempo passa
E a vida passa.
O tempo para.

Para o tempo que passou
E posso ver tudo de frente
Em momentos que passaram
Passam param de repente
E destinos cruzados, seguidos
Meras tangentes
Tangem círculos e destinos cruzados

E eu de ser me desfaço
Para simples vivo homem
Em leito de morte, ou em conversa derradeira,
Para mero poeta sem mãos,
Sem beira e sem eira

Passa o mundo, passa
E o tempo para
Para toda a vida, inteira!
Para para ver seus lábios e seu sorriso
E para ouvir mais uma vez a sua voz
O tempo passa
E a vida passa
O tempo para

Para para a outra
Outra que eu sei que te insulta,
Só em presença.
Outra que insistes em chamar de outra

Passa, o mundo passa!
O tempo passa e passa a vida
O tempo passa, tudo fica.
Fica a vontade. E o desejo.
O arrependimento fica.
Passa, mundo, não passa!
Não sei se vou, mundo, ou fico.
Não sei se espero, mundo, ou faço.
Não sei se estaco, mundo, ou passo.
Fico em sinuca de bico.

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