segunda-feira, 9 de março de 2009

Mórbido, Funesto Mórbido (de volta o auterego)

De sangue estampa agora ponho em verso

A hematose, o hematoma, a mancha

Que em minha pele ainda se desmancha

Que mesmo deus apaga no universo

 

E o corpo roto, estirado e morto

Se põe ensolarado o próprio gosto,

E a poça, embebida em dó o rosto,

Vertido em cinzas, em breu absorto

 

Escarra o hemofluido, ralo, cego

E há um prazer a elevar meu ego

Como a latejar no meu peito o corte

 

E mesmo mal, de fogo desalento

E o vil hálito a espalhar no vento

Sobra um soluço da sua calma morte 

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