quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Eterno e imenso amor.

É meu, o amor que a ti concedo
Aquele que, espero eu, seja suficiente
Para mostrar o quão grande é meu apreço por ti.

Alguém que me completa em todos os sentidos,
Mostra-me a beleza da vida e sua simplicidade.
A alegria que move cada movimento das flores
À suave brisa da manhã;

Aquele que me deixas quando se vai,
Porém, sem realmente ir.
Só não está junto a mim, quando em pessoa
Encontra-se ao meu lado

Você é o alguém que admiro aos dias.
E sonho as noites.
É você a quem quero tocar, mas não me é possível.

Sou eu que o sorrio quando vejo,
O mais gentil sorriso que já pertenceu aos meus lábios.
Seu nome que passa como um sopro por meus lábios...
Quando o vejo partir.

E, por fim, as gotas cristalinas que escorrem de meus olhos
Somente o fazem por ti.
Não por mal, mas por amor, eterno e imenso amor.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Nova Postagem

Uma vida louca para o blog louco.

Dia Sem Título

Tem alguma coisa que eu estava correndo atrás?
Tem uma neurose que todos nascem pra morrer
De qualquer forma
Pague mais pelo sagrado senhor
Que Senhor!


O campeão, já é tarde
Por que corre tanto?
É uma longa estrada,
Pouco tempo
Já não adianta sair chorando
Ou pensar em um novo estilo
Não há o que pensar


Parede vazia
Tudo não passa de uma parede vazia
Um relógio desonesto
Que só vai te roubar
Foda-se eu não tenho dinheiro,
Você não tem esse direito
De me tirar esse sono.


Ah, sim, eu quero dormir
Eu vou dormir mais um pouco
É isso mesmo, vou relaxar
Porque não há mais esperança.
Não venha descontrair. Você vai morrer.

sábado, 6 de junho de 2009

Ao Boni.

Foi

Ficam nos momento
Nas memórias, o amor.
A loucura no preconceito,
A dor.
Fica tudo no nada.
O branco no preto.
As visões do mundo
Desfeito.
Ficam dos dias, as horas.
Dos sonhos? A vida;

Vida vivida,
Despida e nua.
Sem o calor
Sem o ar fresco
Sem o sol
Sem o mundo
INTEIRO!
Liquefez-se e foi.
Assim, evaporou e nunca mais voltou.

Pro nada, pra sempre. Pro nada.

terça-feira, 26 de maio de 2009

A Dama de Branco - Parte 2

Parte II - "Ninguém pode fugir ao amor e à morte". / Públio Siro

A casa de Felipe Carvalho era relativamente confortável, mesmo com a terrível lembrança do que fizera antes.
Um dia, saindo para procurar um novo trabalho, travou mais um dos diálogos rotineiros.
- A morte?
-É - ela respondia pela décima vez - Quase isso.
- Como quase? - perguntava Felipe novamente, mesmo achando que não conseguiria resposta - Como alguém pode ser quase a morte?
- Tá, eu respondo. - disse ela, surpreendendo Felipe - Funciona assim: Nós somos inúmeros. Cada um cuida de um caso ao mesmo tempo. Normalmente não nos apressamos com ninguém, só levando a pessoa para o outro lado.
- Como é o outro lado?
- Já te disse, eu não posso dizer isso.
- O que te impede?
- Tudo. Mesmo que eu quisesse, você não entenderia. Sua espécie não foi feita pra entender isso. Continuando, o seu caso foi diferente. Sabe, eles sempre condenam quem tenta o suicídio, que estes não tem mais jeito, e essas coisas.
- E não é verdade?
- Você se considerava sem jeito?
- Sim.
- Mas eu não. Eu tinha que provar que o suicida pode voltar a recuperar a alegria de viver...
- Que alegria? Você já viveu?
- Não...
- Então como sabe? Eu estava na merda, sem nada nem ninguém, sem nada eu continuo, sem ninguém eu... não sei.
- Não sabe o quê?
- Se eu posso considerar você alguém.
- Nem eu.
- Mas... você ainda não provou nada.
- Ainda não. Mas eu te salvei. Você tem uma nova chance. Eu não acho que você vai desperdiçar essa.
- Pode ser...

Era extremamente rica, mas isso não a fazia feliz. Loira, olhos azuis, a princesinha. Mas não era feliz. Foi assim que resolveu mudar de cidade, de vida, tentar se virar, ver se aqui seria bom.
Aline resolvera, ainda com o dinheiro dos pais, alugar um pequeno apartamento, em um prédio que, ela escutara, um homem tinha tentado se matar pouco tempo atrás.
Conseguira um emprego em uma loja, totalmente independente dos pais e de qualquer outro.
Logo depois da mudança, teve que se acostumar com uma rotina diferente da sua cotidiana, mas nada que, pelo menos àquele ponto, a afetasse.
Mas foi em um dia comum, subindo o elevador, que ela viu um homem estranho, conversando sozinho na porta do elevador, dizendo coisas como "você ainda não provou nada" e "eu estava na merda".
Admitiu, para si mesma, sua curiosidade.
Queria conversar com aquele homem. E ali estava a desculpa perfeita. Acabara seu açúcar.

Felipe levou um susto com a campainha.
Assim que abriu a porta, uma bela mulher ali estava.
- Oi - disse ela - é que meu açúcar acabou, será que você teria?
- Tenho sim. Quer entrar enquanto eu pego?
Ela entrou. E enquanto ele pegava o açúcar, ela observava sua casa. Algo nele a atraía. Podia ser o estilo, meio dark, mas era algo a mais. Um certo ar de superioridade, de quem sabe mais que os outros.
Mal sabia ela que ele realmente sabia.

sábado, 23 de maio de 2009

A Dama de Branco - Parte 1

Parte I - "Quem sabe dizer se a vida não é morte, ou se a morte não é vida? " / Eurípedes

Overdose. Simples assim. Overdose. Alguns remédios combinados, algumas pílulas. Não ia doer, pelo menos ele achava.
Botou as píluas na mão. Um copo cheio de água na outra. Bebeu.

As sirenes da ambulância faziam um barulho irritante para todos os vizinhos de Felipe Carvalho, o retardado suicida do quinto andar.
Um outro vizinho tinha passado lá para falar com ele e encontrara o corpo no chão, com pulso quase imperceptível e respiração extremamente fraca.
Ninguém sabia o que levara ele até ali. Era um rapaz fechado, com alguns poucos amigos que apareciam lá constantemente. Às vezes algumas namoradas, ou pelo menos aparentavam, apareciam ali por alguns dias, mas nunca duraram muito tempo.
Era um homem bonito, se dizia, com cabelos bem pretos e lisos, cortados de forma não muito longa.

O doutor Alexandre tentava reanimar o homem, sem nem saber seu nome.
-Alguém da família?
Perguntou o médico, com tom levemente decepcionado.
- Não - respondeu a enfermeira - não conseguimos falar com ninguém.
- Coitado deste homem. Sem família, que modo horrível de...
E não conseguiu terminar as palavras.
Depois que todas as tentativas de reanimação falharam, foi só uma questão de reparar na hora da morte e levar o corpo para o necrotério.

E ninguém sabia, que enquanto o doutor Alexandre tentava reanimar um paciente quase morto, ele passava a experiência mais estranha e bela de sua vida.
Luzes brancas, flashes amarelos e uma profunda sensação de felicidade. Ele não sabia onde estava, mas gostava de onde estava.
Subitamente se viu flutuando por cima de um rio quase nada profundo, com as margens e o fundo feitos de um material brilhante que não era nem orgânico nem inorgânico, simplesmente era. E, por seu lado, corredores saíam, sempre brilhantes, e no final de cada um deles, uma memória. Ele como uma criança pegando sua bola, logo antes de ser atacado por um cachorro cujo dono dissera ser inofensivo.
Sua mãe contando que sua avó tinha câncer, e no final do túnel, uma bela mulher, que ele não conhecia. Era simplesmente linda, perfeita.
Ela o aguardava com um sorriso sereno, que não transmitia a preocupação que ela sentia naquele momento.
- Volta - disse ela - volta e vive.
Felipe se sentiu jogado em uma piscina de águas gélidas e acordou.

Um empregado qualquer do hospital carregava um corpo para sua gaveta no necrotério, quando pensou ter sentido um movimento. Claro que assustara.
Então outro movimento.
O funcionário arriscou olhar para o corpo. E o mesmo abriu os olhos.
- Onde estou?
Perguntou Felipe Carvalho.
O funcionário saiu correndo.
Felipe levantou e saiu, mesmo nu, pelos corredores.
E então viu uma mulher no fundo do corredor do hospital, toda vestida de branco. Era simplesmente linda, perfeita.
Próximo a ela, sentiu uma sensação de paz interior, uma coisa maravilhosa.
- Quem é você? - perguntou ele - E onde eu estou?
- Você está no hospital - respondeu a bela mulher - E eu sou a sua segunda chance.
- Minha o quê?
- De forma clara: Você quase morreu e eu te salvei, te dei uma segunda chance.
- Como?
- Fiz o oposto do meu dever, te devolvendo a vida.
- Você tá dizendo que é a morte?
- Quase isso.

terça-feira, 12 de maio de 2009

De Volta Para o Futuro 2

Com o computador recauchutado ;P

Meu Amigo Invisível

Ele sempre estará do meu lado,
Ele cuida de mim
Eu cuido dele
A companhia que se quer
Está em toda parte
Invisível,
Invencível

Ela sempre estará com você.

E se eu morrer,
Não irei levar ninguém
Pois meu caminho
É de simples ida sem volta

Ninguém se dá conta
Mas a beleza está escondida
Quem sabe na sombra,
Quem sabe em mim
Quem sabe nela

Naquela estranha entidade

Eu a tenho e eu a quero
O plano do desespero quer tudo
Feito de apenas um ninguém.
Meu cálice é de ouro,
Mas não há o que beber.

Todos esses presentes hoje no salão
Visíveis para todos
Todos, todos os barulhos
Querem todos
Aparecem todos
No final não há
Todos.
Cegos, Surdos, Mudos.

Eu tenho meu amigo invisível
Como eu o quero
Como ela se quer

A Mente Universal gera seus filhos
.

Vida e morte, seus caprichos
O Fim é dela.
Eu tenho um sonho.
Acordei de um pesadelo
Não estou sozinho,
Todos me vêem aqui.
Invisível,
Invencível
Um amigo inexistente,
É tudo que quero.
“Adeus, Olá”,

Até mais.

18-04-2009
m.h.

sábado, 9 de maio de 2009

A Ti

Tu és meu porto seguro
Minha luz, meu caminho;
O divino obscuro
Da chama, o brilho;

Tua vida uma história,
Nossa comunhão;
Em ti a vitória
O fruto, meu coração.

Tua, é minha vida
Por direito de certidão;
A glória a mim concedida
Meu berço, minha nação.

Diamante por ti lapidado,
Trabalhado à exaustão;
Elixir de vida a mim consagrado
Superação.

Tenho dificuldade em expressar sentimentos fortes com palavras corriqueiras. Não consigo simplesmente escrever mais um daqueles cartões clichês como "Mãe EU TE AMO!". Hoje nós crescemos, e temos um vocabulário extenso do qual podemos utilizar para criar algo que tire lágrimas dos olhos de nossas mães.